O Brasil volta a bater recorde de desemprego, com a crise econômica agravada pela pandemia do novo coronavírus, que está fora de controle no Brasil, a falta de uma política econômica do governo e o boicote do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) às ações de governadores para conter a transmissão do vírus, mantendo as pessoas em casa e, assim, o país voltar a crescer, gerando emprego e renda.
A taxa de desemprego no trimestre encerrado em fevereiro (14,4%), que bateu recorde da série histórica iniciada em 2012, atinge 14,4 milhões de trabalhadores, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Outro recorde da série histórica é o número de desalentados, pessoas que procuraram demais e não conseguiram encontrar emprego, que chegou a 6 milhões de trabalhadores e trabalhadoras no trimestre encerrado em fevereiro.
De acordo com o IBGE, em apenas um ano, o número de desempregados aumentou 16,9%, o que significa que 2,1 milhões de pessoas passaram a procurar recolocação no mercado de trabalho nos últimos 12 meses.
O resultado representa uma alta de 2,9%, ou de mais 400 mil pessoas sem emprego e sem renda em relação ao trimestre anterior (setembro a novembro de 2020), quando a desocupação foi estimada em 14,0 milhões de pessoas.
“O trimestre volta a repetir a preponderância do trabalho informal, reforçando movimentos que já vimos em outras divulgações – a importância do trabalhador por conta própria para a manutenção da ocupação”, disse a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.
34 milhões estão na informalidade
A taxa de informalidade no trimestre encerrado em fevereiro foi de 39,6% da população ocupada, ou 34 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. No trimestre anterior, a taxa havia sido 39,1%.
Subutilização atinge 32,6 milhões de pessoas
A taxa composta de subutilização (29,2%) ficou estável frente ao trimestre móvel anterior (29,0%) e atinge 32,6 milhões de pessoas.
Em um ano de pandemia, houve redução de 7,8 milhões de postos de trabalho
A estabilidade do contingente de pessoas ocupadas – aproximadamente 85,9 milhões no trimestre encerrado em fevereiro de 2021 – é decorrente da informalidade, com o crescimento dos trabalhadores por conta própria. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o contingente de pessoas ocupadas apresentou queda de 8,3%, representando uma redução de 7,8 milhões de pessoas ocupadas.
O nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 48,6% no trimestre de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021, apresentando estabilidade frente ao trimestre de setembro a novembro de 2020. Em relação a igual trimestre do ano anterior, quando o nível da ocupação no Brasil foi de 54,5%, este indicador apresentou variação negativa (-5,9 p.p.).
Rendimento médio cai 2,5%
A massa de rendimento real habitual ficou estável na comparação com o trimestre anterior, sendo estimada em R$ 211,2 bilhões de reais. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a queda de 7,4% representa uma redução de R$ 16,8 bilhões na massa de rendimentos.
O rendimento médio habitualmente recebido caiu 2,5% no trimestre de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021 frente ao trimestre encerrado em novembro de 2020 e foi estimado em R$ 2.520. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve estabilidade.
Confira mais dados no site do IBGE
Fonte: CUT via CUT RS