Exaustão extrema, estresse e esgotamento físico são sintomas mais recorrentes entre os trabalhadores do que se possa imaginar. Quem passa por este tipo de desgaste, característico da síndrome de burnout, deve se atentar.
A rotina alucinante, pressão por resultados e o assédio moral fazem aumentar o número de trabalhadores brasileiros acometidos pela doença. Tanto é que um levantamento do escritório de advocacia Trench Rossi Watanabe, feito por meio da plataforma Data Lawyer, revela que a judicialização em função do transtorno do esgotamento profissional cresceu 72% entre 2020 e 2022.
No período, mais de 4 mil processos trabalhistas sobre o assunto tramitaram na Justiça. É praticamente o dobro do registrado entre 2017 e 2019, quando houve 2,3 mil ações. Os trabalhadores reivindicam indenização por danos causados pela enfermidade, reintegrações e realocações.
Por conta da lógica do sistema financeiro, em que o lucro está acima de tudo, muitos bancários sofrem com a síndrome de esgotamento profissional. Jornadas exaustivas, cobranças exageradas e gestores assediadores acabam por desencadear nos trabalhadores sintomas como insônia, irritação frequente, suor excessivo, ansiedade e diversos outros problemas psíquicos.
Há um ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a considerar a síndrome de burnout como doença ocupacional, que passa a ter CID-11. A mudança passa a relacionar o problema ao trabalho, não mais ao trabalhador, o que resulta em alterações importantes no papel das empresas na prevenção e combate à doença. Inclusive, traz novas obrigações legais por parte dos empregadores e nos direitos dos empregados. Informações do Sindicato dos Bancários da Bahia.
Fonte: CTB