Em reunião ocorrida nesta terça-feira, 09/3, a Comissão Bipartite nomeada pelo decreto do governador do Estado, que reune representações de trabalhadores e empresários, as entidades patronais apresentaram uma proposta de reajuste para o Salário Mínimo Regional de apenas 2,21%, o que foi considerado inaceitável pelas centrais sindicais.
Segundo o presidente da CTB, Guiomar Vidor, já após quatro rodadas de negociação, a proposta apresentada pelas entidades patronais é descabida e inaceitável, tendo em vista que o mínimo regional vem sofrendo grande perda do poder de compra. “De 2019 a 2023 o reajuste do mínimo gaúcho foi de apenas 29,2% enquanto a cesta básica teve um reajuste de 51,4%”, disse.
Vidor ressaltou ainda que só no último ano, o mínimo nacional teve um reajuste de 8,45%, e já há uma previsão para 2025 de um aumento de, no mínimo 2,9% acima da inflação, valor correspondente ao crescimento do PIB de 2023. “O nosso mínimo do RS, que atende mais de 1,3 milhão de trabalhadoras e trabalhadores gaúchos, justamente os que mais precisam, como trabalhadores domésticos, assalariados rurais, motoboys, não pode seguir sendo desvalorizado como está nesses últimos anos”, completou.
Ficou agendada uma próxima reunião para 23 de abril. Esta será mediada pela Secretaria do Trabalho do Estado e deverá ser finalizada a negociação. Na sequência, será enviada ao Governador que deverá arbitrar sobre os índices de reajuste, caso não haja um entendimento.
As centrais sindicais reafirmaram o seu pedido de 8,45% de reajuste para que o mínimo regional não perca ainda mais poder de compra considerando os altos custos da cesta básica e as correções que vêm tendo o mínimo nacional.
Fonte: CTB RS