Na manhã desta quarta-feira, 11/08, a Comissão de Economia da Assembleia Legislativa, presidida pelo Deputado Zé Nunes, realizou audiência especial para debater o Reajuste do Salário Mínimo Regional. O encontro reuniu Centrais Sindicais, Federações e sindicatos de base regional das mais diversas categorias (urbanas e rurais).
As lideranças sindicais criticaram a falta de diálogo com o setor patronal, que não compareceu à audiência, e lamentaram o PL 237/2021, encaminhado pelo governador Eduardo Leite, que propõe reajuste de apenas 2,7%, índice que não repõe sequer a metade da inflação deste ano.
Guiomar Vidor, presidente da CTB-RS, fez um relato da reunião com o Deputado Gabriel Souza, presidente do legislativo, ocasião em que as centrais sindicais solicitaram a constituição de uma mesa de diálogo reunindo governo, trabalhadores, empresários e parlamentares para que se consiga negociar um reajuste adequado à realidade.
Representando a Fecosul, o diretor Fernando Lemos apresentou dados fornecidos pelo Dieese, cujos gráficos demonstram a perda do poder de compra dos trabalhadores neste período que não houve reajuste. Lemos destacou que a primeira faixa do Salário Mínimo Regional em 2019 era de R$ 1.237,00 (mesmo valor atual) e permitia a compra de 2,6 cestas básicas. Hoje seria necessário um mínimo de 1.806,00 para adquirir os mesmos produtos. Ou seja, uma perda real superior a 46% no poder de compra dos trabalhadores.
Nos encaminhamentos finais, os deputados que participaram da Audiência se comprometeram em fornecer suas assinaturas para a constituição de uma Frente Parlamentar em Defesa do Salário Mínimo Regional, que corre sério risco de extinção.
Fonte: CTB RS