O Ministério da Economia fechou em até R$ 2.500 a faixa de isenção do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) no âmbito da reforma tributária. A proposta legislativa que altera as atuais regras do Imposto de Renda foi entregue na manhã desta sexta-feira (25) ao Congresso Nacional.
Em reunião na segunda-feira (21), no Palácio do Planalto, ficou combinado o envio ao Poder Legislativo de projeto de lei que elevava a faixa de isenção de R$ 1.903,99 para R$ 2.400. No final ficou decidido que seria de R$ 2.500.
A ampliação da faixa de isenção não repõe as perdas decorrentes da não correção da tabela ao longo dos últimos anos e está bem aquém do que é defendido pela CTB e outras centrais: R$ 5 mil.
Além disto, é preciso realizar uma reforma tributária mais ampla e com sentido democrático e progressivo, ao contrário da proposta elaborada pelo Ministério da Economia sob o comando de Paulo Guedes.
O movimento sindical defende a instituição de um imposto sobre as grandes fortunas, a exemplo do que foi feito na Argentina e no Chile, a taxação das remessas de lucros ao exterior pelas transnacionais, o aumento das alíquotas de tributos incidentes sobre as heranças mais robustas e outras mudanças que visam transferir para os ricos o pagamento do ônus da crise do capitalismo, que eles próprios provocaram.
Fonte: CTB