Mínimo regional: governo Leite propõe reajuste de 4,5%, centrais reivindicam 8,12%

Salário-mínimo regional beneficia mais de 1,3 milhão de trabalhadores; centrais vão lutar por emenda

O governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) protocolou, na terça-feira (18), um projeto de lei na Assembleia Legislativa com reajuste de 4,5% para o salário mínimo regional de 2020. Além disso, sem regime de urgência para tramitação. Com isso, as cinco faixas salariais ficariam entre R$ R$ 1.292,82 e R$ 1.638,36. O aumento é retroativo a 1º de fevereiro.

A proposta frustrou as centrais sindicais gaúchas, que em janeiro haviam iniciado as reivindicações do reajuste em reunião realizada com líderes do governo. Os trabalhadores solicitam o reajuste de 8,12% para todas as faixas do mínimo, a partir de 1º de janeiro de 2020. A demanda das centrais foi elaborada com base em trabalho do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

“A proposta do governador não atende à reivindicação de 8,12% apresentada pelas centrais no dia 23 de janeiro e fica abaixo inclusive do reajuste de 4,709% do mínimo nacional, que passou para R$ 1.045,00 em 1º de fevereiro”, afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores do RS (CUT-RS), Amarildo Cenci. “Essa proposta do Leite reduz ainda mais a diferença de 30% acima do mínimo nacional, quando o chamado piso regional foi criado no governo Olívio Dutra, em 2001”, destaca.

Conforme o presidente estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, a centrais sindicais vão lutar pela construção de uma emenda, junto as bancadas na Assembleia Legislativa, para que seja garantido um reajuste superior, que, diretamente, beneficiará mais de um milhão e trezentos mil trabalhadores gaúchos, que são os que menos ganham.

Confira a proposta das centrais sindicais

Com a reivindicação de 8,12%, as atuais cinco faixas salariais ficariam entre R$ 1.337,64 e R$ 1.695,16.

Fonte: Brasil de Fato RS

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