O Ministério Público Federal (MPF) concluiu as investigações sobre as denúncias de assédio sexual e moral na Caixa, praticados pelo ex-presidente do banco, Pedro Guimarães. O processo está sob sigilo e, portanto, não é possível confirmar se o ex-gestor é alvo de acusação formal ou se será condenado criminalmente.
Já se passaram quase sete meses desde que as denúncias das empregadas se tornaram públicas, por meio da imprensa, e até o momento ninguém foi punido. Os bancários continuam cobrando a responsabilização dos culpados pelo assédio e também dos que acobertaram os casos e protegeram os assediadores.
As entidades representativas dos bancários continuam acompanhando o caso, com o objetivo de evitar que o episódio caia no esquecimento sem a punição exemplar de Pedro Guimarães e todos os demais envolvidos no assédio.
Pedido de condenação
A ação do MPT pediu a condenação de Pedro Guimarães ao pagamento de R$ 30,5 milhões pelos danos causados às mulheres. Também solicitou que a Caixa pague R$ 305 milhões pela omissão na investigação.
De acordo com a conclusão do MPT, o número de assédio quadruplicou no banco durante a gestão do ex-presidente. Entre 2013 e 2018, a média de denúncias de assédio recebidas pela Caixa era de 80 por ano. A partir da gestão de Pedro Guimarães, em 2019, até o dia 1 de setembro de 2022, a média subiu para 343 denúncias por ano – um aumento de 425%.
A expectativa dos empregados é que a situação mude a partir de agora com a escolha de Rita Serrano para presidência da Caixa. Ela é funcionária do banco e tem um longo histórico de luta em defesa dos trabalhadores e de uma gestão humanizada na Caixa. Informações dos Bancários Bahia.
Fonte: CTB