A proposta de reajuste de 2,7% do salário mínimo regional, encaminhada pelo governador Eduardo Leite à Assembleia Legislativa, foi duramente criticada pelas centrais sindicais, nesta sexta-feira (16). O coordenador do Fórum das Centrais Sindicais, Guiomar Vidor, classificou a proposta de como “uma vergonha” e disse que as entidades vão trabalhar para que o reajuste contemple ao menos a inflação acumulada no período.
— Estamos há dois anos sem reajuste e o governo encaminha proposta de 2,7%. É uma vergonha! Pois a inflação acumulada nos dois anos (de 2019 a 2021) é de 10,3% segundo o INPC. E o reajuste da cesta básica é de 32,5%. Os trabalhadores perderam um terço do poder de compra. Demonstra que o governo está implementando uma política para desmontar o salário mínimo regional — argumentou Vidor.
As centrais de sindicatos também argumentam que o governador, já em seu terceiro ano de mandato, nunca recebeu os sindicalistas no Palácio Piratini. Para Vidor, falta diálogo a Leite.
— Desde o começo do governo solicitamos agendas com o governador e até hoje nunca conseguimos ser recebidos. Fomos recebidos no máximo pelo chefe da Casa Civil. O governador dialoga só com um lado, com os setores empresariais. A falta de diálogo com os trabalhadores é uma marca do governo Leite — disse Vidor.
Centrais sindicais dizem que Leite não dialoga e criticam proposta para salário mínimo regional
A proposta de reajuste de 2,7% do salário mínimo regional, encaminhada pelo governador Eduardo Leite à Assembleia Legislativa, foi duramente criticada pelas centrais sindicais, nesta sexta-feira (16). O coordenador do Fórum das Centrais Sindicais, Guiomar Vidor, classificou a proposta de como “uma vergonha” e disse que as entidades vão trabalhar para que o reajuste contemple ao menos a inflação acumulada no período.
— Estamos há dois anos sem reajuste e o governo encaminha proposta de 2,7%. É uma vergonha! Pois a inflação acumulada nos dois anos (de 2019 a 2021) é de 10,3% segundo o INPC. E o reajuste da cesta básica é de 32,5%. Os trabalhadores perderam um terço do poder de compra. Demonstra que o governo está implementando uma política para desmontar o salário mínimo regional — argumentou Vidor.
As centrais de sindicatos também argumentam que o governador, já em seu terceiro ano de mandato, nunca recebeu os sindicalistas no Palácio Piratini. Para Vidor, falta diálogo a Leite.
— Desde o começo do governo solicitamos agendas com o governador e até hoje nunca conseguimos ser recebidos. Fomos recebidos no máximo pelo chefe da Casa Civil. O governador dialoga só com um lado, com os setores empresariais. A falta de diálogo com os trabalhadores é uma marca do governo Leita – disse Vidor.
Reajuste mais alto provocará desemprego, alega Leite
Na justificativa do projeto de lei que prevê o reajuste de 2,73%, o governo do Estado afirma que a proposta tem como objetivo repor metade do peso da inflação no último ano. O Piratini também argumenta que um reajuste mais elevado do salário mínimo geraria desemprego.
O salário mínimo regional é válido para as categorias que não têm acordo coletivo e que, conforme o projeto de reajuste enviado pelo governo do Estado, “vivem na informalidade, na base da pirâmide social”.
Em 2020, o Piratini enviou proposta de reajuste de 4,5% do salário mínimo regional. A base aliada do próprio governo Leite, contudo, fechou acordo para congelar o mínimo e evitar qualquer reajuste no último ano.
Proposta do governo fará mínimo gaúcho subir R$ 33,77
Se o texto do governo for aprovado, o piso regional, em sua primeira faixa, vai subir de R$ 1.237,15 para R$ 1.270,92 – uma diferença de R$ 33,77. O mínimo regional é composto por cinco faixas, que teriam os seguintes valores, reajustados retroativamente a 1º de fevereiro:
Faixa 1 – De R$ 1.237,15 para R$ 1.270,92
Para trabalhadores das seguintes áreas:
· agricultura e pecuária
· indústrias extrativas
· empresas de capturação do pescado (pesqueira)
· empregados domésticos
· turismo e hospitalidade
· indústrias da construção civil
· indústrias de instrumentos musicais e de brinquedos
· estabelecimentos hípicos
· empregados motociclistas no transporte de documentos e de pequenos volumes – “motoboy”
· empregados em garagens e estacionamentos
Faixa 2 – De R$ 1.265,63 para R$ 1.300,18
Para trabalhadores das seguintes áreas:
· indústrias do vestuário e do calçado
· indústrias de fiação e de tecelagem
· indústrias de artefatos de couro
· nas indústrias do papel, papelão e cortiça
· empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas
· empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas
· empregados em estabelecimentos de serviços de saúde
· empregados em serviços de asseio, conservação e limpeza
· nas empresas de telecomunicações, teleoperador (call-centers), telemarketing, call-centers, operadores de Voip (voz sobre identificação e protocolo), TV a cabo e similares
· empregados em hotéis, restaurantes, bares e similares
Faixa 3 – De R$ 1.294,34 para R$ 1.329,67
Para trabalhadores das seguintes áreas:
· indústrias do mobiliário
· indústrias químicas e farmacêuticas;
· indústrias cinematográficas
· indústrias da alimentação
· empregados no comércio em geral
· empregados de agentes autônomos do comércio
· empregados em exibidoras e distribuidoras cinematográficas
· movimentadores de mercadorias em geral
· comércio armazenador
· auxiliares de administração de armazéns gerais
Faixa 4 – De R$ 1.345,46 para R$ 1.382,19
Para trabalhadores das seguintes áreas:
· indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico
· indústrias gráficas
· indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana
· indústrias de artefatos de borracha
· empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito
· em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares
· indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas
· auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino)
· empregados em entidades culturais, recreativas, de assistência social, de orientação e formação profissional
· marinheiros fluviais de convés, marinheiros fluviais de máquinas, cozinheiros fluviais, taifeiros fluviais, empregados em escritórios de agências de navegação, empregados em terminais de contêineres e mestres e encarregados em estaleiros
· vigilantes
· marítimos do 1.º grupo de Aquaviários que laboram nas seções de Convés, Máquinas, Câmara e Saúde, em todos os níveis (I, II, III, IV, V, VI, VII e superiores)
Faixa 5 – De R$ 1.567,81 para R$ 1.610,61
· Trabalhadores técnicos de nível médio, tanto em cursos integrados quanto subsequentes ou concomitantes.
Na justificativa do projeto de lei que prevê o reajuste de 2,73%, o governo do Estado afirma que a proposta tem como objetivo repor metade do peso da inflação no último ano. O Piratini também argumenta que um reajuste mais elevado do salário mínimo geraria desemprego.O salário mínimo regional é válido para as categorias que não têm acordo coletivo e que, conforme o projeto de reajuste enviado pelo governo do Estado, “vivem na informalidade, na base da pirâmide social”.Em 2020, o Piratini enviou proposta de reajuste de 4,5% do salário mínimo regional. A base aliada do próprio governo Leite, contudo, fechou acordo para congelar o mínimo e evitar qualquer reajuste no último ano.
Fonte: CTB RS