Presidente da Assembleia Legislativa recebe Comando de Greve do CPERS

Em meio à agenda de lutas desta terça-feira (10), representantes das forças que compõem o Comando de Greve do CPERS foram recebidos pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Luís Augusto Lara (PTB), no início da tarde. Em pauta, o pacote de maldades do governador Eduardo Leite (PSDB), a ser apreciado em regime de urgência na próxima semana, a partir de terça-feira (17).

Lara reforçou que está, assim como o conjunto da Casa, atento às manifestações da categoria e dos servidores(as), e demonstrou preocupação com o andamento dos trabalhos. O parlamentar já havia se manifestado, na última semana, sobre o desejo de retirar o regime de urgência para dar mais tempo ao debate.

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“Embora eu tenha ajudado a formar este governo, meu mandato é independente. Garanto que, se ele colocar o projeto como está, vai haver problemas”, enfatizou.

A presidente do CPERS reiterou as críticas da categoria às medidas propostas pelo governo. “Querem retroceder para antes de 1974, quando a maioria dos professores tinha somente o Ensino Médio. O Plano de Carreira garantiu que buscássemos qualificação, e hoje temos orgulho de ter um dos mais elevados índices do Brasil de pós-graduados na carreira”, disse.

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“A realidade é que o governador quer acabar com a escola pública e abrir mercado para o capital. E vai começar acabando com a nossa carreira”, complementou.

O Comando de Greve também questionou Lara sobre a possibilidade de retirada do pacote da pauta, a principal reivindicação da categoria. A medida só pode ser tomada pelo próprio governador. Lara pontuou: “o meu movimento nesse momento é o que está dentro das minhas possibilidades, o movimento de pedir para desacelerar, para que parem e pensem”.

Helenir também pediu um posicionamento de Lara sobre a possível retirada do pedido de urgência na votação do pacote. Nesse momento, o presidente da Casa pediu a presença de Carlos Eugenio Grapiglia Cezar, superintendente do Legislativo.

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Carlos lembrou que, mesmo que o governo retire o pedido de urgência, os projetos ainda podem ir para a pauta de janeiro. “Tirar a urgência não nos garante. Precisamos barrar esse pacote”, afirmou Helenir.

Lara garantiu compreender a situação e disse estar ciente das dificuldades. “Essa reforma do estado está recaindo sobre uns com maior peso do que outros. Cadê as demais categorias e os demais poderes?”, disse.

Os representantes dos educadores reforçaram que é importante a oportunidade de diálogo com a Casa, janela que Eduardo Leite nunca colocou à disposição da categoria. Mas deixaram claro que a principal pauta da categoria – reajuste da inflação acumulada desde 2014 e salário em dia -, foi atropelada e ignorada pelo governador.

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Ao fim da reunião, o presidente da Assembleia informou que pretende mediar uma conversa entre o CPERS e o Executivo. “Todos os meus esforços estarão voltados para retomar esse diálogo e solucionar o impasse. Eu vou chamar o chefe da Casa Civil neste primeiro momento e quero estar presente nas negociações”, disse.

Fonte: CPERS Sindicato via CUT RS

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