Sem retomada prevista por Bolsonaro, indústria fecha 2022 dando marcha à ré

Setor têxtil, de móveis e máquinas caíram. Produção cresceu no petróleo e no segmento automobilístico

A produção industrial brasileira fechou 2022 com queda de 0,7%, segundo o IBGE, que divulgou os dados de dezembro nesta sexta-feira (3). No ano, o instituto apurou resultado negativo nas quatro categorias econômicas, em 17 dos 26 ramos, 54 dos 79 grupos e 62,4% dos 805 produtos pesquisados. Assim, o setor não experimentou a “retomada” várias vezes anunciada pelo governo Bolsonaro.

Entre as principais influências negativas de 2022, o IBGE cita indústrias extrativas (-3,2%), produtos de metal (-9,0%), metalurgia (-5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,7%) e produtos de borracha e de material plástico (-5,7%). Além desses, registraram queda as atividades de produtos têxteis (-12,8%), móveis (-16,2%), produtos de madeira (-12,9%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,4%) e máquinas e equipamentos (-2,3%).

Entre os nove segmentos com alta em relação a 2021, está principalmente o que inclui coque (um tipo de combustível), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,6%). Também cresceu a produção de produtos alimentícios (2,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3%), celulose, papel e produtos de papel (3,1%) e bebidas (3%).

Apenas em dezembro, segundo o IBGE, a atividade não variou (0%) em relação ao mês anterior. E a produção caiu 1,3% na comparação com dezembro de 2021.


Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas / IBGE

Fonte: Brasil de Fato

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