Sérgio Nobre: vamos protestar até derrubar presidente do Banco Central. Fora, Campos

Essa política de autonomia do BC e juros altos, que destruiu a produção, desempregou, colocou o povo na fila do osso e milhões dormindo nas ruas, foi derrotada quando elegemos Lula, diz presidente da CUT

Se o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tivesse vergonha na cara entregava o cargo. Já que ele acredita em juros altos e na recessão, que entregue o cargo e vá embora, porque isso ficou no passado, quando o povo brasileiro derrotou o governo genocida de Jair Bolsonaro e elegeu Lula.

A fala é do presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, e foi feita no final da manhã desta terça-feira (14), durante ato em protesto contra a política recessiva e de juros altos do Banco Central. O ato foi em frente à instituição, no DF. 

“Campos Neto pode esperar, a sua batata está no forno. Os atos realizados hoje pela CUT e todo o movimento sindical em Brasília, São Paulo e demais estados onde há representação do Banco Central vão acontecer até esse canalha cair, tomar vergonha na cara e entregar o posto para que alguém decente, que tenha compromisso com a classe trabalhadora, possa assumir”, disse Sérgio Nobre.

O dirigente cutista afirmou que “precisamos de alguém no BC que ajude a tirar o país desse caos que foi instalado nos últimos seis anos, que ajude a mudar os rumos para o Brasil voltar a ter emprego e o povo brasileiro volte a ter dignidade, porque esse é o nosso papel, essa é a tarefa do movimento sindical, da Central Única dos Trabalhadores”.

O presidente nacional da CUT destacou que a mudança no Banco Central é fundamental. “Essa política de autonomia e juros altos que o Campos Neto (colocado no cargo por Bolsonaro) defende foi a responsável pela destruição da produção brasileira, por desempregar, colocar o povo na fila do osso e milhões de famílias dormindo nas calçadas no Brasil inteiro”, disse Sérgio Nobre.

O dirigente lembrou que o tema foi debatido na campanha eleitoral do ano passado e definiu pela queda de juros, quando “o presidente e Lula (então candidato) colocou que o Banco Central não tem que ter autonomia coisa nenhuma, porque tem que estar a serviço da política correta da geração de emprego”.

“Juros altos significam menos emprego, prejudicam desenvolvimento do país, esse debate foi feito na campanha e a posição do Campos Neto foi derrotada.  Portanto ele não tem mais o que fazer na presidência do Banco Central”, afirma Sérgio Nobre.

Sérgio Nobre destacou ainda que, em 18 de janeiro, o presidente Lula convocou todas as Centrais Sindicais às quais colocou três desafios a serem resolvidos em 90 dias. Desafios que enfrentam barreiras, a persistirem os juros altos e a presidência de Campos Neto.

O primeiro desafio, lembra o presidente nacional da CUT, é retomar a política de valorização de salário mínimo, que é o instrumento mais importante de distribuição de renda.

“Com aumento real de salário mínimo, o povo consome, a indústria produz mais e gera empregos, esse é o caminho. com juros a 13,75%, não dá.”

– Sérgio Nobre 

“O presidente colocou esse desafio do salário mínimo porque, quando o salário cresce acima da inflação, os trabalhadores e trabalhadoras compram mais arroz, feijão, trocam o sapato, a roupa, com isso a indústria produz mais e, produzindo, vai ter mais emprego, mais transporte, esse é o caminho que o Lula está propondo, mas não com juros de 13,75% como quer o Campos Neto”.

O presidente nacional da CUT resgatou os outros dois desafios colocados aos sindicalistas em janeiro: proteger os trabalhadores por aplicativos, “7,5 milhões de pessoas em todo o país que não têm nenhum direito, que trabalham como a 800 anos atrás e que, se cair da moto não tem hospital, não tem mais como cuidar da família”. “Lula nos colocou o desafio de regular em 90 dias e nós vamos regular”, disse Sérgio Nobre.

O terceiro desafio colocado às centrais sindicais por Lula foi o fortalecimento da negociação coletiva. “Fundamental, porque é a negociação coletiva que amplia e cria direitos, e a negociação coletiva é feita pelo movimento sindical. Foi essa a proposta que ganhou as eleições nas urnas e nós vamos fazer valer”, afirma Sérgio Nobre.

Fonte: CUT

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